sábado, 13 de julho de 2013

Nova biblioteca de S. Vicente promove cidadania activa


Jorge Pires, presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente presidiu à inauguração, no passado dia 12 de Julho, da biblioteca Dr. Domingos Alves, instalada no Centro Cívico de S. Vicente.




O chefe do executivo vicentino lembrou aos presentes na cerimónia que a criação desta estrutura cultural não custou um cêntimo que fosse. “Os livros foram amavelmente cedidos por algumas bibliotecas escolares e outras e também por cidadãos amantes da cultura e dos livros.
As estantes foram também cedidas pela escola Sá de Miranda. Tudo foi aproveitado e não gastamos qualquer quantia do erário público. Agora queremos dar vida a esta estrutura e para isso pretendo que todos os vicentinos usem e usufruam desta biblioteca e deste Centro Cívico porque isto é dos vicentinos, independentemente do executivo que cá estiver”, salientou o autarca.
Por seu lado, Domingos Alves, vogal para a Educação e Cultura da Junta de S. Vicente e patrono desta nova estrutura cultural da freguesia, salientou o trabalho feito, desde a ideia (2011) até à sua concretização. “Ainda não está acabada, este foi seguramente o primeiro passo.
Os seguintes serão a ligação via online à biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, com quem temos vindo a trabalhar em estreita colaboração, para além de outras estruturas culturais da cidade. O passo seguinte será, certamente, as pessoas usarem esta nova biblioteca e retirar os livros das estantes e desfrutarem da leitura dos cerca de 1200 volumes que existem na biblioteca”.




Na cerimónia de inauguração foram ainda convidados a falar Ilda Carneiro, vereadora da Cultura de Câmara Municipal de Braga, Fausto Farinha, (director da escola Sá de Miranda), Aida Alves (directora da biblioteca Lúcio Craveiro da Silva), sr Costa, em nome da extinta tipografia Barbosa e Xavier (entidade que se associou a esta ideia desde a primeira hora), Carlos Aguiar Gomes (presidente da Associação Famílias), Elísio Araújo (bibliotecário da Universidade do Minho), Miguel Gonçalves (director da Faculdade de Filosofia de Braga) e José Marques (professor aposentado da Universidade do Porto e membro efectivo da Academia Portuguesa de História).
Todos os palestrantes foram unânimes em que a criação da biblioteca de S. Vicente constitui uma mais-valia para a freguesia. Uma palavra para o seu promotor (Domingos Alves) pelo incansável trabalho de persistência de alguma teimosia para que hoje a biblioteca fosse uma realidade. Foram igualmente evocados alguns vultos da literatura portuguesa, nomeadamente Padre António Vieira e Gil Vicente para salientar a importância inequívoca da leitura e dos livros na formação da personalidade dos cidadãos para uma intervenção mais activa na sociedade e a promoção da cidadania participativa.



















A cerimónia contou ainda com a presença dos membros do executivo vicentino, do presidente da assembleia de freguesia de S. Vicente Tony Reis, dos funcionários da Junta de Freguesia de S. Vicente, das associações que integram a comunidade em rede recentemente criada em S. Vicente e de muito público que fez questão de marcar presença na cerimónia de inauguração deste importante equipamento cultural de S. Vicente.


informação retirada de Junta de Freguesia de S. Vicente


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Inauguração da Biblioteca da Freguesia de S. Vicente


Exmª Srª Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Braga, Drª Ilda Carneiro…

Minhas Senhoras e Meus Senhores:

Tudo começou em 12 de Maio, de 2011 quando ao passar junto das instalações da “Barbosa e Xavier”, aqui bem perto, na Rua Gabriel Pereira de Castro, deparei com algo que na altura me pareceu estranho: a famosa tipografia tinha fechado, segundo ali me informou o Sr. Costa, um dos novos proprietários. Perante os factos, e após me ter identificado como responsável pelo pelouro da Educação e Cultura do Executivo da Junta de Freguesia, logo lhe solicitei que antes de “mandar para a reciclagem” os livros e outro material que ali se encontravam, me permitisse uma “olhadela”, a fim de aproveitar tudo o que fosse útil para a criação de uma futura biblioteca de S. Vicente. Muito gentil, o Sr. Costa pôs-me completamente à vontade para “levar tudo o que quisesse, excepto os livros que estivessem devidamente assinalados para ficar…” Foi o que fiz, com a anuência e todo o apoio dos meus colegas de Executivo. De então para cá, as ofertas de livros têm sido múltiplas e variadas por parte, quer de particulares, quer de instituições, de modo que, podemos convictamente dizê-lo, neste momento está criada, de facto, a biblioteca de S. Vicente. Já agora, permitam-me que, muito gostosa e agradecidamente, refira alguns dos amigos, para além de outros que, entretanto, continuam a contribuir para o seu enriquecimento:

Começo pela direcção da Esc. Sec. de Sá de Miranda, representada pelo Senhor Director, Dr. Fausto Farinha, a quem o Executivo da Junta de Freguesia está muito reconhecido, não só pela gratuita cedência do magnífico imóvel onde presentemente estão expostas as obras, como também pela oferta de vários volumes excedentários da maravilhosa biblioteca da Esc. Sá de Miranda, e a cuja responsável, Drª Cândida Filomena, também aqui presente, igualmente muito agradecemos a simpatia e pronta disponibilidade desde a primeira hora;

Ao Prof. Doutor Alves Pires, professor na Fac/Fil., meu grande amigo e máximo responsável pela biblioteca da Casa de Soutelo, os nossos sinceros agradecimentos pelos excelentes e variados livros que teve a gentileza de nos doar;

Ao Prof. Doutor Viriato Capela, catedrático da Univ. do Minho, com a oferta de quatro magníficas obras sobre Braga e o seu distrito;

À Câmara Municipal de Braga, através da Divisão da Cultura, na pessoa da Srª Vereadora Drª Ilda Carneiro, igualmente os nossos agradecimentos pelos volumes cedidos;

Ao Sr. Dr. Carlos Aguiar Gomes, presidente da Associação Famílias; à Srª Drª Isabel Costa, do agrupamento de Escolas de Maximinos; à Srª Drª Eduarda Simões, minha ilustre colega na Esc. Sá de Miranda; à Drª Maria José Simões, profª do ensino secundário na Esc. Alcaide de Faria; à Srª D. Catarina Costa, de S. Lázaro; ao Sr. José Carneiro, da Equipa de Voluntariado de S. Vicente; ao ilustre vicentino Sr. Ferros; e a muitos outros que, individualmente ou através de instituições credíveis, já nos mostraram toda a disponibilidade para connosco colaborarem no enriquecimento da biblioteca de S. Vicente.

Permitam-me, ainda, por ser da mais elementar justiça que enalteça, aqui e agora, o inestimável contributo do Sr. Elísio de Araújo, da Biblioteca Pública de Braga, cuja boa vontade e competência técnica nos têm sido, e por certo continuarão a ser, absolutamente decisivas, bem como declarado apoio da Srª Directora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Drª Aida Alves para que, futuramente, as duas instituições tenham a possibilidade de ficar ligadas em rede, via on-line.

Minhas senhoras e meus senhores:

Independentemente dos notáveis avanços tecnológicos e do recurso à internet (por vezes, quase diria, obsessivo), o livro continuará a ser, tanto um bom amigo, como um dos melhores e mais eficazes veículos da nossa cultura. Não é, pois, a despropósito, bem pelo contrário, que a importância da leitura, nas palavras de Pedro Cerqueira que, com a devida vénia aqui reproduzo, “é reconhecida pela União Europeia e organizações internacionais, como a OCDE e a UNESCO, que a consideram um alicerce da sociedade do conhecimento, indispensável ao desenvolvimento sustentado. Os responsáveis pelo Plano Nacional de Leitura afirmam que a leitura é fundamental para formar cidadãos com elevados níveis de autonomia, com plena consciência de si próprios e dos outros, para poder tomar decisões face à complexidade do mundo actual, para exercer uma cidadania activa. Determinante no desenvolvimento cognitivo, na formação de juízo critico, no acesso à informação, na expressão, no enriquecimento cultural e em tantos outros domínios, é encarada como uma competência básica que todos os indivíduos devem adquirir para poderem aprender, trabalhar e realizar-se no mundo contemporâneo.

Dada a importância da leitura para a formação e para a plena integração na sociedade de qualquer cidadão, é fundamental encontrar formas de incutir nas crianças e jovens hábitos de leitura. Este desiderato cabe a todos os intervenientes no progresso educativo, começando logo no pré-escolar (…)”, pelo que “é fundamental incutir muito cedo o gosto e os hábitos de leitura…”, fim de citação.

E é aqui, meus amigos, que as autarquias, nomeadamente as juntas de freguesia, poderão exercer um papel bem activo, até pela proximidade com as populações que servem, criando pequenas bibliotecas para os seus concidadãos, sobretudo os mais jovens, e assim complementarem as já existentes bibliotecas escolares. Quem não se lembrará, por ex., das famosas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian, cujas carrinhas, sobretudo a partir da década de 50/60, percorriam o país de lés a lés, e onde em datas precisas, eram ansiosamente esperadas pelos miúdos, e às vezes até graúdos, emprestando livros a toda a gente?

Minhas senhoras e meus senhores, foi na defesa, justa e intransigente do livro e da leitura, que o Executivo da Junta de Freguesia de S. Vicente, com a ajuda de alguns bons amigos, como atrás referi, (faço aqui um breve parêntesis para igualmente estender os nossos agradecimentos ao Rui e ao Daniel, alunos da Esc. Sec. de Maximinos, que tive todo o gosto de acompanhar no estágio que aqui fizeram para complementar os seus cursos, e que praticamente fizeram os registos de todos estes livros) se lançou nesta tão árdua, como aliciante tarefa: a criação de uma biblioteca, hoje felizmente inaugurada, ainda que não olvidemos que este será, apenas, o primeiro passo de muitos outros que se seguirão… sem que, pelo menos até ao momento, tenha sido necessário despender sequer um cêntimo que fosse!...

Finalizo, citando esse grande vulto das letras portugueses, que foi o Padre António Vieira:

"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”.

Muito obrigado!

Braga, 12 de Julho, de 2013

Domingos Alves.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Junta de S. Vicente inaugura biblioteca no dia 12 de julho



A Junta de Freguesia de S. Vicente inaugura no próximo dia 12 de julho, pelas 18h30, no Centro Cívico de S. Vicente a sua biblioteca baptizada de Dr. Domingos Alves.
Com aproximadamente 1200 livros, a nova estrutura da Junta de S. Vicente possui vários tipos de livros, nomeadamente literatura infanto/juvenil, diversas monografias de freguesias e concelhos, dicionários temáticos, enciclopédias e outros.
Possui igualmente colecções de literatura científica, revistas de temática variada tais como fórum, bioética, diacrítica e outras.





informação retirada de Junta de Freguesia de S. Vicente